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Estrutura do Conteúdo Jornalístico na Internet

Estrutura do conteúdo jornalístico na Internet

Discutir a estrutura do conteúdo jornalístico na internet é discutir a nova maneira de se comunicar imposta pelos meios digitais nos dias de hoje.

A comunicação moderna se dá através de bits e bytes. Se dá através das pequenas telas dos smartphones e em alguns casos, dos desktops, e por isso necessita de uma revisão profunda de sua estrutura.

Na mudança de mídia que estamos vivendo nos últimos tempos, o conteúdo jornalístico se vê obrigado a se adaptar aos novos padrões, até mesmo como uma condição de sobrevivência, tanto para os veículos, como para os profissionais da área.

Por isso é preciso repensar o conteúdo jornalístico para Internet, de forma a adaptá-lo à nova realidade da sociedade. Os padrões vigentes há alguns anos, estão ultrapassados em tempos de SEO, social media, podcasts e YouTube.

A reprodução pura e simples de formatos aceitáveis e que funcionavam na mídia convencional, a dos jornais, revistas e até mesmo televisão, não se adapta mais à mídia ágil dos meios digitais modernos.

A disputa pela audiência no meio digital

A quantidade de informações disponibilizada diariamente na Internet atingiu um nível jamais visto na história da civilização.

São publicadas mais páginas na Internet diariamente do que as publicações das mídias convencionais em um ano inteiro.

Diante dessa avalanche de informações, qual o papel desempenhado pelo conteúdo jornalístico na Internet? Reproduzir online o que já se faz a anos no ambiente físico? É claro que não.

A mídia é diferenciada e o uso também. Em função disso, o jornalismo 2.o precisa se adaptar a estes novos canais de comunicação, como blogs, YouTube, mídias sociais e outros que já estão a caminho.

O leitor sem tempo

O leitor moderno é uma pessoa apressada. Diante da quantidade de informações que são disponibilizadas na tela do seu celular, cria-se um sentimento de urgência para a assimilação de tanta informação.

O resultado é que a análise da validade ou não de se dedicar um tempo ao consumo deste conteúdo se faz em uma fração de tempo cada vez menor. Isso força a produção jornalística a ser cada vez mais objetiva e a apresentar respostas de forma cada vez mais rápida.

O impacto dessa demanda sobre a estrutura do conteúdo jornalístico força os profissionais da área a migrarem para formatações diferenciadas do jornalismo convencional, sem no entanto deixar de lado a qualidade da informação.

Técnicas de marketing digital

Não bastasse a necessidade de se adaptar a novos padrões de estrutura do conteúdo jornalístico na Internet, o profissional precisa também se adequar a regras do marketing digital com foco no conteúdo.

O Inboud Marketing ganha cada vez mais força no marketing online moderno, e o jornalista precisa se enquadrar nessa nova tendência, sob o risco de se ver completamente fora do mercado em pouco tempo.

O conteúdo jornalístico em tempos de comunicação 2.0 precisa estar muito bem alinhado às tendências do marketing digital, caso contrário, perderá a atratividade em termos comerciais. Me perdoem os mais “puristas”, mas isso já acontecia na mídia convencional.

O posicionamento nas ferramentas de busca

Outro fator que vem impactando a estrutura do conteúdo jornalístico na internet é a necessidade de um com posicionamento nas ferramentas de busca, como Google e outros grandes buscadores.

Nos dias de hoje, não basta apenas produzir um bom conteúdo jornalístico, é preciso aplicar técnicas de SEO – Search Engine Optimization, para que este conteúdo conquiste posições de destaque nas páginas de respostas dos grandes buscadores.

O jornalista moderno precisa dominar as técnicas de otimização para ferramentas de busca para posicionar o conteúdo produzido nas primeiras posições do Google, caso contrário, será apenas mais um texto perdido entre os milhões que são publicados diariamente.

O desafio das novas tecnologias

Para quem pensa que muita coisa mudou, a notícia é que teremos muitas outras mudanças em um futuro muito breve.

O posicionamento nas ferramentas de busca, que acabamos de discutir, deverá levar em conta a forma com que as pessoas falam.

As buscas no Google através de consultas de voz, têm disparado nos últimos meses, e se tornarão cada vez mais comuns, na medida em que os aplicativos de reconhecimento de voz se tornarem cada vez mais precisos.

De que forma isso afetará a estrutura do conteúdo jornalístico na Internet? Simples. Ele deverá ser cada vez mais coloquial e intimista para atender às exigências das ferramentas de busca.

Outra mudança importante que está a caminho é o display. Conteúdos jornalísticos sendo exibidos em espelhos enquanto você se arruma em seu banheiro antes de ir para o trabalho já fazem parte do cotidiano do público americano e europeu. Qual seria o melhor formato para esse conteúdo?

A criação de feeds personalizados com assuntos de interesse especial de cada leitor também já é uma realidade há algum tempo. Daí a criação de revistas e jornais personalizados é um pulo. Só depende do entendimento entre o gerador de conteúdo e quem o divulga.

Já imaginou o impacto disso sobre a estrutura de conteúdo jornalístico na internet? Você se lembra do impacto dos aplicativos P2P como o Napster sobre a indústria fonográfica?

Já imaginou um iTunes de notícias? Ele na verdade já existe em diversos setores, como no caso da Bloomberg na área de informações financeiras.

A tecnologia News On Demand terá o mesmo impacto sobre o hábito de consumo de informações que a Napster teve sobre a indústria fonográfica. É apenas uma questão de tempo e viabilidade econômica da tecnologia envolvida. Mantenha-se atualizado assinando a nossa Newsletter.

Por Alberto Valle, diretor e instrutor da Academia do Marketing

By Published On: 17 de abril de 2017Categories: Assessoria de Imprensa, Marketing de Conteúdo

One Comment

  1. Henrique 26 de abril de 2017 at 10:16 - Reply

    Ótimo conteúdo. Eu ja virei fã do blog. Realmente, com o surgimento do novo marketing e de novas ferramentas e a atualização dessas ferramentas diariamente, é necessário estar sempre se adaptando para se manter atualizado sobre o mercado. E isso vale não apenas para o jornalismo, mas também para todo profissional gerador de conteúdo.

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